sábado, 28 de janeiro de 2012

Se o mundo acabar hoje eu estarei...

Não esqueço aquela esquina
A graça da menina
Eu só queria enxergar

Por isso eu me entrego
À um imediatismo cego
Pronta pro mundo acabar

Você acredita no depois?
Prefiro o agora
Se no fim formos só nós dois
Que seja lá fora

O mundo acaba hoje e eu estarei dançando
O mundo acaba hoje e eu estarei dançando
O mundo acaba hoje e eu estarei dançando com você(2x)

Pitty Leone e Martin Mendezz

Se o mundo acabar hoje estarei...trabalhando, seria a resposta da maioria absoluta. No caso da Pitty, dançar faz parte do trabalho. Por isso, a importância de escolher carreiras que façam sentido. Não estou particularmente preocupada com o fim do mundo. Apesar dos rumores, me reconforta saber que não há indícios científicos desta proximidade. Tampouco me espanto com estes delírios de fim de mundo. Na obra de Freud aparece no caso Schereber e é comum a pacientes que estejam se desligando do mundo externo, da realidade. A libido está voltada pra si mesmo a ponto dele delirar uma transa hermafrodita gerando uma nova raça depois do fim do mundo.

O fato é que em dado momento o mundo efetivamente termina: para aquele que experimenta a morte. No intervalo entre a chegada neste mundo e a saída temos inúmeras escolhas a fazer. Um delas é esta: planejar o futuro ou se entregar a um imediatismo cego?

Achar o tempero perfeito entre o gosto pelas coisas do presente e a preocupação com o futuro é o desafio. Gastar tudo o que se ganha como se o mundo fosse terminar amanhã ou conseguir fazer uma poupança de longo prazo para objetivos como a compra de um imóvel ou a complementação da aposentadoria oficial. Viver 10 anos a mil ou mil anos a 10? E o que torna o enigma mais instigante é que não temos a dimensão de quanto tempo nos cabe, o que facilitaria bastante as contas.

A sabedoria é o tempero da vida. Dosar com mestria e avaliar as consequências no futuro de nossas escolhas do presente. Sabemos que a qualquer momento o mundo pode acabar para você e..o que estará fazendo?